“O surrealismo não é um estilo. É o grito da mente que se
volta para si mesma.” (Bradley, 2001, p. 07.)
A Metamorfose de
Narciso. Salvador Dalí. 1937.
É nesse ambiente totalmente
fragilizado, que aparece o Surrealismo. Desestabilizador e desestruturador de
toda a ideia de cultura existente até então, propõe a junção de imagens
bizarras com o intuito de escandalizar e chocar a sociedade; a deformação
intencional da realidade.
O que foi o Surrealismo?
O surrealismo foi um movimento
artístico fundado na França, pelo poeta André Breton, na década de 1920. Propunha
o automatismo puramente físico, através do qual se pretendia expressar,
verbalmente, por escrito, ou de outra forma, a verdadeira função do pensamento. O termo “surrealismo” foi gerado na obra de
Apollinaire, e significava uma “arte que ultrapassava as aparências,
desobrigada da fidelidade para com o real” ou simplesmente um termo que
representasse o “além do real”. (Bradley,
2001, p.06)
CARACTERÍSTICAS DO SURREALISMO
Pintura Metafísica (De Chirico);
Amor ao protesto;
Valorização do improviso;
Espontaneidade no manejo da linguagem;
A relação da linguagem e da arte com o inconsciente, os sonhos, o sobrenatural, a loucura e os estados alucinatórios. Tudo o que fosse o reverso da lógica e fora do controle da consciência;
O emprego passional e irracional das imagens, em busca de representar um mundo em que a realidade e a força inconsciente da imaginação se misturem;
Restauração dos sentimentos humanos e do instinto como um ponto de partida para uma nova linguagem artística;
A livre associação e análise dos sonhos – ambos métodos da psicanálise freudiana – procedimentos básicos do surrealismo;
Automatismo – qualquer forma de expressão onde a mente não exerce qualquer tipo de controle – por meio de formas abstratas e/ou figurativas simbólicas.
Principais artistas surrealistas:
André Breton (1896 – 1966)
Marcel Duchamp (1887 – 1968)
Francis Picabia (1879 – 1953)
Max Ernst (1891 – 1976)
Salvador Dalí (1904 – 1989)
René Magritte (1898 – 1967)
Joan Miró (1893-1983)
Frida Khalo (1907 – 1954)
Conclusão:
O Surrealismo ao negar o Dadaísmo, introduziu a disciplina e a coesão entre os seus adeptos, possibilitou, aos mesmos, uma nova compreensão do que seria este movimento artístico que deve ser entendido como um meio de conhecimento que queria explorar sistematicamente o inconsciente, o sobrenatural, o sonho, a loucura, os estado alucinatórios. Enfim, tudo o que fosse o reverso da lógica e que estivesse fora do controle da consciência. Ou seja, entre o real e o abstrato.
Professor: César Eduardo
Fonte:
Imagens:
BRADLEY, Fiona. Movimentos da
arte moderna: surrealismo. Trad. Sérgio Alcides. São Paulo: Cosac &
Naify Edições, 2001.












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