sábado, 5 de março de 2016

O SURREALISMO


“O surrealismo não é um estilo. É o grito da mente que se volta para si mesma.” (Bradley, 2001, p. 07.)

A Metamorfose de Narciso. Salvador Dalí. 1937.




Com o fim da Primeira Guerra Mundial, a Europa vive um período de instabilidade política, social e ideológica. Aliada a isso, a Revolução Russa, levou a classe operária pela primeira vez ao poder, fazendo com que o mundo capitalista se sentisse ameaçado. A partir deste momento, os valores tradicionais passaram a ser mais intensamente questionados, o que, no meio artístico, levou à busca de novas formas de analisar e representar a realidade. Sendo assim, manifestações artísticas surgem como novas alternativas dentro de um mundo angustiado com a guerra, que foi de muitas batalhas e mortes.
É nesse ambiente totalmente fragilizado, que aparece o Surrealismo. Desestabilizador e desestruturador de toda a ideia de cultura existente até então, propõe a junção de imagens bizarras com o intuito de escandalizar e chocar a sociedade; a deformação intencional da realidade.



O que foi o Surrealismo?
O surrealismo foi um movimento artístico fundado na França, pelo poeta André Breton, na década de 1920. Propunha o automatismo puramente físico, através do qual se pretendia expressar, verbalmente, por escrito, ou de outra forma, a verdadeira função do pensamento.  O termo “surrealismo” foi gerado na obra de Apollinaire, e significava uma “arte que ultrapassava as aparências, desobrigada da fidelidade para com o real” ou simplesmente um termo que representasse o “além do real”.  (Bradley, 2001, p.06)

CARACTERÍSTICAS DO SURREALISMO

Pintura Metafísica (De Chirico);
Amor ao protesto;
Valorização do improviso;
Espontaneidade no manejo da linguagem;
A relação da linguagem e da arte com o inconsciente, os sonhos, o sobrenatural, a loucura e os estados alucinatórios. Tudo o que fosse o reverso da lógica e fora do controle da consciência;
O emprego passional e irracional das imagens, em busca de representar um mundo em que a realidade e a força inconsciente da imaginação se misturem;
Restauração dos sentimentos humanos e do instinto como um ponto de partida para uma nova linguagem artística;
A livre associação e análise dos sonhos – ambos métodos da psicanálise freudiana – procedimentos básicos do surrealismo;
Automatismo – qualquer forma de expressão onde a mente não exerce qualquer tipo de controle – por meio de formas abstratas e/ou figurativas simbólicas.

Principais artistas surrealistas:
André Breton (1896 – 1966)
Marcel Duchamp (1887 – 1968)
Francis Picabia (1879 – 1953)
Max Ernst (1891 – 1976)
Salvador Dalí (1904 – 1989)
René Magritte (1898 – 1967)
Joan Miró (1893-1983)
Frida Khalo (1907 – 1954)

Conclusão:
O Surrealismo ao negar o Dadaísmo, introduziu a disciplina e a coesão entre os seus adeptos, possibilitou, aos mesmos, uma nova compreensão do que seria este movimento artístico que deve ser entendido como um meio de conhecimento que queria explorar sistematicamente o inconsciente, o sobrenatural, o sonho, a loucura, os estado alucinatórios. Enfim, tudo o que fosse o reverso da lógica e que estivesse fora do controle da consciência. Ou seja, entre o real e o abstrato.

Algumas Obras:





















Professor: César Eduardo
Fonte:
Imagens:


BRADLEY, Fiona. Movimentos da arte moderna: surrealismo. Trad. Sérgio Alcides. São Paulo: Cosac & Naify Edições, 2001.

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